terça-feira, 5 de outubro de 2010

VOTO PERDIDO

Com alguma freqüência, no momento do sufrágio a coisa se repete. O eleitor, desalentado pelos exemplos de indiferença e alheamento às questões de grande importância política para a população de sua cidade ou região onde a mesma se situa, e manifestando uma espécie de revolta cívica, desvia o foco lógico de sua escolha eleitoral para uma outra figura, assaz diferente, metamorfoseando-a como sua "preferida". Fácil será deduzir-se que o resultado não será nada proveitoso para quem faz tal opção, e que o máximo de satisfação que esse ato poderá trazer será o efeito jocoso que o mesmo produzirá, tanto para si quanto para os que o acompanharam no mesmo propósito.
É profundamente lamentável que em plena era de conhecimentos tecnológicos, tantos modernos, quanto mirabolantes, a concepção humana do discernimento e a capacidade racional de procurar (e encontrar) respostas justas e perfeitamente adequadas à melhor forma de construir bases seguras, e inquestionávelmente saudáveis, para a perfeita interação entre pessoas, famílias e comunidades, estejam sempre a nos mostrar deficiências conjunturais de visão política e sinais evidentes de fracasso sócio-cultural.
Assim é que a eleição para um cargo de relevante importância  como o de DEPUTADO FEDERAL, de um personagem medíocre dos meios artísticos - um arremedo de ator cômico - como já o fora em eleição anterior, de um certo cantor dos cerrados nordestinos, bem como em outras oportunidades, de bichos de diferentes espécies, dentre os quais "CACARECO" (lembram-se?), longe de representar uma forma de protesto, reproduz, na verdade, além de um retrocesso de cidadania, uma sintomatologia da ignorância relativa ao voto, como bem o dissera tempos atrás um emérito personagem do nosso esporte e que, segundo o qual, o CIDADÃO BRASILEIRO NÃO SABIA VOTAR.
É pena que vontades tão intempestivas e irrecorríveis , quanto ignominiosas, resultem em proveito exclusivo apenas para a parte privilegiada com tão inesperada ascenção, em total detrimento de consideráveis parcelas da população necessitadas de representantes políticos dignos e altamente credenciados.
Fica aqui nosso apelo a todos os eleitores brasileiros: Em época de eleição, ainda que seu espírito contenha porções grandes ou resíduos de incompatibilidade com determinado CANDIDATO, faça um esforço para neutralizar seus sentimentos negativos e procure, dentre todos os postulantes, aquele que melhor se enquadre em suas pretensões de cidadania politicamente consciente. Está é a nossa opinião sobre o que se pode chamar de 'VOTO PERDIDO" .
Horácio & Celso    

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