terça-feira, 5 de outubro de 2010

SER (eleito) SEM TER (qualificação)

Mais uma etapa do nosso estado de liberdades democráticas começou a ser vencida neste 3 de outubro. Muitos candidatos viram confirmadas suas posições enquanto outros amargaram a rejeição popular.
Porém, nem todos os que venceram a corrida pelo voto nos dão a certeza de que vão legitimar nossas expectativas no desempenho de seus cargos, posto que, provavelmente, não tem nenhuma afinidade com política e nem capacidade intelectual - e quiçá moral - para exercê-la.
O preço que a sociedade toda vai pagar por algumas experiências que ela mesma aceitou sem reclamar, não deve ser objeto de quaisquer questionamentos futuros. Supõe-se que o dinheiro do contribuinte, esteja assim sempre disponível, talvez proporcionalmente, muito mais para custeio supérfulos do que para emprego em obras benéficas.
O pior de tudo isso, é que no final de cada mandato, os parlamentares que não produziram absolutamente nada, que embolsaram no "caradurismo" todos os meses generosos subsídios, e não foram reeleitos, não têm a dignidade de, ao menos agradecer ao povo as vantagens que usufruiram durante preciosos quatro anos, e nem de pedir desculpas pela nula produtividade.
Azar nosso, poderão dizer, porque fomos nós, com nossa santa ignorância política que os conduzimos aos patamares mais altos e que sua capacidade cidadã não lhes permitiria alcançar.
De todas as lições que mais essa etapa do nosso estado de liberdades democráticas nos proporcionou, uma, com certeza, servirá de lição básica para o sucesso, inclusive e principalmente nas urnas, já que o eleitor vota mesmo por figuração. Senhor CANDIDATO a futuro CANDIDATO, procure aparecer sempre na mídia, por menos expressiva que seja sua atuação, pois, na falta de um bom candidato o eleitor se lembrará facilmente de sua figura e cravará seu nome na urna. É a melhor maneira de SER SEM TER.
Provas disso já tivemos nestas eleições!
Celso & Horácio

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