Já está bastante arraigado entre os eleitores o argumento de que todo político ocupando cargo público torna-se desonesto por ter oportunidades de tirar proveito de todos os expedientes dos quais participe. Se essa premissa é verdadeira ou não, o fato é que mesmo com tal suspeita, o eleitor continua cumprindo seu dever eleitoral como manda a lei, sem levar em conta, na maioria das vezes a idoneidade do candidato em que vota. Deve-se acreditar que, como não há regra sem exceção, existam, sim, candidatos eleitos que primam pela honestidade e probidade irretocáveis, mas mesmo assim - salvo se apresentarem provas mais que robustas de sua lisura - não escaparão daquele argumento e que nesses casos, diga-se de passagem, mostra-se leviano.
O povo, de certo modo, já está acostumado, tanto com desmandos e ineficiências, quanto com roubalheiras e maucaratismo de administradores públicos, a ponto de encarar esses casos como fatos banais. Será isso realmente normal? Em alguns outros lugares onde o povo não vê a desonestidade política de forma tão mansa e generosa, a coisa assume proprorções muito desagradáveis para os políticos. Já nos foram mostrados exemplos disso. E por estes lados, vai continuar do mesmo jeito? Será que os (poucos) exemplos de cidadania já demonstrados em algumas regiões do país ainda são insuficientes para contagiar todas as demais no sentido de exigir desempenho escorreito de todos os políticos?
Celso & Horácio

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